Dia 6 de outubro é logo ali, quando haverá eleições para eleger vereadores e prefeitos em todo o Brasil. Agora o momento é de pré-campanha, um período em que o político dar-se-á conhecer ou vai ao encontro das pessoas, dos lugares para conhecer novas realidades; nada de pedir votos, este recurso só é permitido para o período de campanha.

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ

Dito isto, atenhamos ao que interessa, São Miguel do Guamá-PA, a capital das cerâmicas. 

- Como andam as políticas por aqui?

- Quem são os pré-candidatos?

São alguns dos questionamentos que respondemos todos os dias.

Temos dois pré-candidatos que se manifestaram publicamente em pleitear a prefeitura, são eles: Eduardo Pio X (Atual Prefeito), Ana da Saúde (Vice-prefeita).

De um lado, Eduardo Pio X gozando de um governo com 97% de aprovação, segundo o instituto Doxa; no outro lado tem Ana da Saúde. Com poucas palavras para descrever seus feitos, a Priore. Este é o cenário atual, chegamos à pré-campanha com uma diferença absurda entre os possíveis candidatos. 

O MOMENTO 

Bem, o Pará vive um modelo diferente de se fazer política, onde se chega ao pleito com a eleição quase que garantida. O paraense viu isso na eleição passada, onde, se Helder Barbalho quisesse deitar em sua boa rede ganharia do mesmo o pleito. Ou seja, alguns políticos aprenderam que a política é acima de tudo a arte do diálogo, da aproximação, da cativação, e quem não está disposto a fazer enfrenta dificuldades em suas campanhas. Observa-se que Eduardo Pio X aprendeu direitinho a lição que o governador ensinou e chegou ao momento eletivo com o cenário político apaziguado, 99,9% dos partidos em sua conjuntura política com força até para escolher quem serão as pessoas que irão compor a câmara e a isso chamo de capacidade e inteligência política; no contra ponto disso tudo temos a Ana da Saúde, bem-quista pelo povo de São Miguel, com um trabalho brilhante na área da saúde, porém, sem expertise política, sem coragem para o diálogo. Ana trilhou os piores rumos para uma carreira política de sucesso. Sendo vice-prefeita afastou-se da gestão; não conseguiu se quer organizar um grupo político; não conseguiu 10 candidatos a vereança e até agora sua pré-candidatura foi feita em cima da vitimização, como se não fosse parte da política agregar partidos, chamar pessoas e etc... e tal. O que seu opositor fez muito bem. 

ANA SAÚDE PODE REVERTER QUADRO COMO FEZ CACAU EM 2012?

No ano de 2012 São Miguel elegeu Cacau como prefeito e isso repercute até hoje. 

Veja! Por muitos anos São Miguel do Guamá viveu em intensas guerras políticas, representados por Nenê Lopes e Guilherme Costa, principalmente; 

O Município saía de uma das maiores crises de sua história, Nenê Lopes eleito em 2008, uma eleição acirradíssima sobre Márcia Cavalcante, com direito a uma “guerra” pós resultado; já nos meados do seu mandato e em meio às polêmicas, Márcia Cavalcante assume a prefeitura; no final dos seus míseros dois anos de mandato, o município já estava no caos, com direito a cassação de mandato, furo nas contas públicas e muito mais. Daí em diante houve uma grande batalha judicial entre Lourdes Sousa e Márcia Cavalcante para ver que ficava com a prefeitura e em meio a tudo isso estava a população com salários atrasados e outras misérias. Este foi o cenário que o município chegou às eleições de 2012.

Eduardo Pio X começando sua carreira política, Marcia Cavalcante no poder, porém, falida e Cacau aparecendo no mundo político. 

Veja bem... O povo estava cansado da “guerra” e almejado melhorias para o município. E, foi nessa lacuna que o então candidato Cacau Guamá saiu do zero e se tornou prefeito com o famoso slide.

ATUALIDADE

O cenário de hoje é diferente, desde aquela eleição o município tomou novos rumos, rumos invejáveis em suas administrações. São Miguel do Guamá não está precisando de um salvador da “pátria”, pois o que aí estar consegue fazer o dever de casa.

Qual a necessidade de tirar Eduardo Pio X e colocar Ana da Saúde? O que Ana da Saúde faz que, se sobressai a frente de Eduardo que possamos entender que Ana é melhor que Eduardo para o município? Para quem presta atenção na política municipal, lembra que mesmo como vereadora Ana já era política de um discurso só para todas as sessões, se quiser ver é só pegar os vídeos antigos no perfil da instituição, portanto, o cenário é outro.

SUGESTÃO

Por escrever tal crônica, faço-me necessário dizer, que eu, Meireles, tenho alta estima pela Ana, nada pessoal contra ela, assim também como pelo Eduardo. Digo isto para que não transpareça que estou influenciando ou agindo de má fé para alguém, muito pelo contrário me preocupo com o atual cenário e com o futuro dos dois envolvidos no pleito. 

01. Hoje dia 04 de junho de 2024, eu seria uma pessoa leviana em incentivar neste texto a continuação da candidatura da Ana da Saúde. Ao olhar para tudo que foi dito, Ana não tem um grupo político. Aí pode aparecer alguém e dizer “tem sim” e eu respondo, “Ana tem alguns eleitores, o que é diferente, eleitor é influenciável e muda a toda semana dependendo da conversa”. 

02. Ana não tem dinheiro suficiente para bancar uma campanha, falo de estrutura, o que inviabiliza sua candidatura. 

Levando em consideração todo o contexto apresentado, deixo como sugestão de parceiro a renúncia de toda e qualquer candidatura neste pleito da pré-candidata Ana da Saúde, pelo bem da sua carreira política. Pois imagino que, se as eleições fosse hoje, a pré-candidata teria em tese, menos de 5.000 (Cinco mil) votos, ou seja, um vexame político; se mudasse a estratégia e resolvesse vir como vereadora, provavelmente não consiga se eleger, pois, sozinha talvez não consiga alcançar o cociente eleitoral, aí o vexame seria ainda maior pelo que se vê. Aí você me pergunta, e os outro candidato? Eu te respondo: “Nenhum tem 100 votos” por isso não conseguem ajuda-la. Sendo sensato, se a pré-candidata persistir e o resultado negativo vier de forma vexatória, como disse um amigo, “talvez ela se torne um ‘Carlos Vaz da vida’” uma pessoa legal que todo mundo gosta, mas que, não consegue alçar voos mais alto. 

Em suma, aos moldes da nova política, como diz o amigo Lian: “Quem fez, fez”, já é quase hora de colher os frutos. Se plantou regou, jogou adubo, fez a poda, vai colher os frutos, enfim.  

         Fim por fim, feito por mim.                                                                                                                                                                        Alexandre Meireles